sexta-feira, 24 de abril de 2009

Penúltimo Passo


(...)
Continuei mais alguns dias na cidade das lembranças,
caminhando pelas ruas do passado. Procurei pela casa da minha
infância e descobri que ela havia sido demolida. Vi a fachada
da minha escola e ela estava diferente. Bati na casa do meu
primeiro amigo, mas ele havia se mudado para São Paulo. Minha
querida mãe e irmã também não moravam mais naquela cidade.
Perguntei sobre uma namorada da adolescência e me disseram
que ela estava feliz com outro. Fui ao clube em que eu havia
conseguido o meu primeiro emprego, mas ele havia fechado as
portas. Tudo estava diferente, mas eu não fiquei triste. Para
mim, a minha cidade não havia mudado, porque ela sempre
será a mesma em meu coração.
Tudo parece passar nessa vida: lugares mudam,
relacionamentos terminam, pessoas morrem. Mas isso tudo só
passa mesmo para aqueles que não viveram de verdade... Porque
eu havia aprendido durante a minha viagem que quando um
momento é vivido com sincera emoção, certamente deixa uma
marca em nossa eternidade. E para aqueles que viveram e vivem
intensamente, basta fechar os olhos e sentir que tudo ainda está
lá, gravado dentro do coração, porque não se pode apagar uma
vida que realmente valeu a pena.
(...)

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